Eleições e Bolinhas de Papel...

Em primeiro lugar: Sim, você está em um blog de moda e nada mudou.

Mas, a nove dias da eleição estou cada vez mais chocada com a falta de elegância e ética dos presidenciáveis brasileiros. E este, é o assunto in vogue aqui no atelier.

O nível de baixaria tem incomodado até mesmo ao Financial Times, que publicou um artigo criticando a falta de posicionamento em relação à política financeira no Brasil e as medidas para seu mandato.

Os canditados trocam farpas constantes relacionadas ao passado um do outro e a propostas passadas de seus partidos, se esquecendo que elas são interdependetes e que nasceram do mesmo berço: o Plano Real. Insistem em olhar para o passado ao invés de olhar o presente e o futuro e acabam caindo na mesmice da política brasileira: imediatista, egoísta e esquecida da população brasileira.

A política continua tão populista como na época de Getúlio e JK, temos um novo "Pai do Povo", que atualmente rebaixou-se a cabo eleitoral e faz declarações em eventos do Estado sobre a postura do candidato de oposição.

Oposição...quando penso nisso rio por dentro. Afinal, quando você pensou que veria a elite paulistana conservadora virar oposição?!

E aí estamos nós, sem saber para onde correr.Eu, como milhões de brasileiros, estou insegura e apreensiva com o futuro de nosso país. Cansada de ver a história se repetir, com seus milagres econômicos seguidos por crises de recessão.

Enquanto eu escrevo isso, talvez, bolas de papel e bexigas são atiradas contra nossos respeitáveis presidenciáveis, que seguem essa disputa colegial de quem é o melhor. Com uma campanha de propostas sofríveis e infantis, que nos fazem rir. Realmente, parece que as molecagens continuam em alta.

Dizem que o Brasil amadureceu quanto democracia. Bem, para mim, continuamos tão infantis quanto no princípio, incapazes de olharmos para as possibilidades de mudanças que nos são apresentadas. Desejam transformar nossa democracia pluripartidária em bipartidária como nos Estados Unidos.

Estamos engolindo isto a seco e nos tornamos cada vez mais reféns do sistema, não é mesmo Tenente Coronel Nascimento?!